Pelos vistos, segundo um estudo recente, ter relações sexuais no primeiro encontro pode prejudicar os relacionamentos a longo prazo.
A referida investigação debruçou-se sobre onze mil pessoas solteiras que se encontravam num relacionamento estável ou não. Os investigadores procuraram avaliar o nível de satisfação com o relacionamento, a sua estabilidade e a capacidade de comunicação entre o casal.
Relativamente aos casais que estão juntos há mais de um ano, verificou-se que os que iniciaram a vida sexual nas primeiras semanas de namoro apresentaram uma menor capacidade de comunicação, de satisfação e de estabilidade no que toca à relação estabelecida quando comparados com os casais que esperaram mais tempo até se envolverem intimamente.
Para avaliar a consistência dos resultados, os investigadores tiveram em conta factores como a raça, o nível de escolaridade, o número de parceiros, a religião e, mesmo assim, os resultados mantiveram-se.
Surgiram algumas críticas referentes ao presente estudo, alguns especialistas na matéria referem que a amostra é demasiado pequena e levantam a questão: até que ponto estas conclusões podem ser extrapoladas para o mundo real? O estudo foi efectuado num curto espaço de tempo e não acompanhou, longitudinalmente, o desenvolvimento das relações estabelecidas. Assim sendo, não nos é possível perceber especificamente o porquê dos resultados auferidos.
A relação sexual é, também, um acto de comunicação; será possível conseguirmos comunicar fisicamente sem antes conhecermos o nosso parceiro e nos darmos a conhecer? Será possível comunicar na cama sem conseguir comunicar fora dela?
Provavelmente, quando o encontro físico é adiado, fica mais espaço para as palavras, mais espaço para que os sentimentos possam crescer, assentando na base de um conhecimento gradual e consolidado do parceiro e vice-versa. E, se pensarmos bem, não é esta fase inicial uma das fases mais bonitas da relação? Afinal, porque temos tanta pressa?
Fonte: Ciência Online