Quando se fala em gestão de tempo, grande parte das pessoas parece revelar alguma desmotivação. Possivelmente, poderá estar também a questionar-se da pertinência deste tema. Para quê gerir o meu tempo? Até que ponto vai ajudar?
De facto, quanto melhor gerir o seu tempo e quanto mais concretizar objectivos, melhor se poderá sentir, uma vez que sentir que consegue atingir metas com sucesso e de forma organizada poderá ter efeitos positivos no seu bem-estar.
Neste sentido, apresentamos neste artigo algumas dicas que poderão ajuda-lo a gerir melhor o seu tempo. Uma das estratégias que poderá adoptar é a criação de uma lista de tarefas, na qual pode listar desde actividades simples como preparar o jantar ou ir às compras, até actividades mais complexas como organizar um evento ou terminar uma tarefa laboral.
Caso esta lista mais simplificada não seja suficiente, pode ainda analisar cada tarefa e dividi-la em passos: o que é preciso para fazer o jantar? O que necessita para completar a tarefa do trabalho? Com esta dica, poderá ter uma ideia global do que tem a fazer, bem como do tempo que precisa para cada item e, em certos momentos, se irá necessitar de ajuda.
Neste caso, se se apercebe que precisa de alguém para completar uma tarefa, não se sinta constrangido: todos nós precisamos de ajuda e todos nós também gostamos de ajudar. Delegar é fundamental para uma boa gestão de tempo.
Mas listar as tarefas a fazer pode não bastar. É fundamental que se consciencialize que o seu tempo é um dos bens mais preciosos que tem. Por isso, é essencial aproveitá-lo e sentir que o aproveita da melhor forma: não deixar que a sua agenda se consuma com trabalho, libertar espaços para as relações, permitir tempo também para si.
De mãos dadas com a consciência do tempo, anda a eficácia do tempo. Não chega ter consciência de que o seu tempo é valioso. É importante que o torne eficaz – não necessariamente enveredar por um caminho mais rápido ou por um caminho melhor para concretizar as suas tarefas, mas sim por um caminho eficaz, no qual possa obter maior benefício com menos tempo gasto.
E agora, depois de se aperceber de todas estas questões, talvez seja pertinente pensar onde anda a “ocupar” o seu tempo. Poderá fazer o exercício de imaginar o seu tempo num gráfico de percentagem e, desta forma, assinalar as actividades onde gasta mais tempo do que gostaria e as actividades nas quais seria benéfico aplicar mais de si e que, actualmente, não o faz.
No entanto, não se limite a fazer esse exercício. Estabeleça dentro de si o objectivo que precisa de passar da teoria à prática e colocar em marcha as mudanças desejadas.
E nos momentos de espera, ou do autocarro, ou de uma consulta médica, em que sente que o tempo está a “queimar” e não tem nada para fazer, faça como diz o ditado popular: quem for para o mar, avia-se em terra! Tente encontrar-se sempre munido de pequenas coisas que gosta de fazer para aproveitar, da melhor forma, estes compassos de espera.
Mas para tudo isto funcionar, é fulcral que pense em si e, mais do que em tempo cronológico, analise o seu tempo interno. Talvez, se der tempo a si, aos seus pensares e sentires e se se organizar internamente, mais facilmente irá sentir que está a fazer uma gestão adequada do seu tempo externo pois poderá não adiantar organizar agendas e tarefas, se sente que não está organizado internamente.
Não perca mais tempo e, caso seja o caso, procure um espaço psicoterapêutico no qual possa “arrumar” a sua agenda interior!