Iniciar um processo psicoterapêutico é, muitas vezes, um passo silenciosamente adiado. E não por falta de vontade ou necessidade, mas porque tocar em certas partes de nós requer mais do que disponibilidade: requer coragem.
É difícil começar porque, ao sentarmo-nos diante de alguém, permitimo-nos a ser… vistos. E há em nós, tantas vezes, medo de sermos olhados de verdade. Há receios antigos: de julgamentos, de não sabermos o que dizer, de sentirmos demais, de não sentirmos nada ou de nem sequer saber o que sentimos.
Existe também o peso do desconhecido. O que se faz numa sessão? Como será o terapeuta? E se não souber por onde começar? E se não tiver nada para dizer?
Mas talvez o mais desafiante seja o encontro connosco próprios. A psicoterapia convida-nos a olhar para dentro, a reconhecer padrões, dores, desejos, memórias. E isso pode doer. Mas é, também, o início de algo profundamente transformador.
Dar o primeiro passo, agendar a primeira sessão, iniciar o processo psicoterapêutico é um acto de coragem assente no amor-próprio. Um passo em direcção a um cuidado que, por muito tempo, foi adiado, relegado para segundo plano, deixado para o fim da lista das prioridades. Iniciar psicoterapia é priorizar-se.
No Espaço Potencial, acreditamos que cada pessoa tem o seu tempo. E quando chega o momento… estamos aqui.
Caminhamos juntos?