Estudos publicados este mês concluem que quando o Facebook é usado para manter actualizada a informação acerca de um Ex pode atrasar a recuperação emocional após a separação. No entanto, o unfriend parece também não ser a melhor solução.
O estudo decorreu em Inglaterra baseado numa amostra de 464 participantes (maioritariamente estudantes universitárias do sexo feminino), sendo-lhes pedido que avaliassem o uso do Facebook e a recuperação emocional após uma separação amorosa. Foram feitas questões como: “Com que regularidade acede à pagina de Facebook do seu ex?” ; “Com que regularidade acede à lista de amigos do seu Ex?”.
Foram também registados os níveis de stress e sentimentos negativos em relação ao Ex, como raiva, desilusão, confusão, ódio. Por fim, foi pedido aos participantes que pensassem acerca das mudanças que ocorreram nas suas vidas como resultado da separação, como por exemplo, o desenvolvimento de novos interesses.
Após análise das respostas, concluiu-se que os participantes que seguem com uma maior frequência o Ex no Facebook parecem revelar dificuldade em seguir em frente, ficando “presos” à relação que terminou e mantendo a esperança de um retorno que é vivido com sentimentos stressantes e negativos.
Apesar de ser necessário aprofundar a investigação para podermos ter dados mais conclusivos, os investigadores reforçam a mensagem de que seguir um Ex parceiro no Facebook está associado a uma lenta recuperação emocional e a um empobrecimento pessoal após uma separação. Assim sendo, evitar a exposição a um Ex, quer offline quer online, parece ser o melhor remédio para recuperar um coração partido.
Não é fácil terminar uma relação, lidar com as mudanças que isso implica, a adaptação a uma nova rotina. Nos nossos dias e com o avanço tecnológico, é necessário para uma mesma relação términos a vários níveis, no plano físico e nas redes sociais. A mudança de status, o que fazer com as fotografias do verão passado que mostra o casal super feliz a assistir ao pôr do sol? O que fazer: continuar amigo? apagar? restringir o acesso?
Com Internet ou sem Internet, continuam a não haver soluções mágicas para enfrentar o término de uma relação e tudo o que acarreta. Talvez o tempo cure e tudo acabe por passar. O importante é realmente que a vida não estagne, apesar de um período inicial de algum retraimento e introspecção, que não seja comprometida a capacidade de se relacionar consigo e com outros, e que seja capaz de aproveitar o presente e construir um futuro aceitando que o passado pertence lá trás.
Fonte: Live Science