Assente num ambiente securizante e acolhedor, a criança e o psicoterapeuta vão estabelecendo uma relação de confiança, e vão-se conhecendo.
Em contexto de consulta, pode-se conversar de várias formas: verbal, expressão artística/plástica, contas histórias e/ou brincar. Através destes meios, os afectos associados vão sendo interpretados pelo psicoterapeuta.
Assim, a criança vai sendo capaz de compreender melhor o processo que está a viver – e, sobretudo, o que está a sentir.
Os conteúdos da sessão ficam apenas na relação terapêutica, entre o psicoterapeuta e a criança.
Mas é também importante estabelecer-se uma aliança terapêutica com os pais, que sirva o superior interesse da criança, acordada previamente ao acompanhamento da criança entre os pais e o psicoterapeuta.
Então, e quando uma criança inicia um processo psicoterapêutico, onde e como fica o lugar dos pais?
A intervenção com crianças requer tempo, sensibilidade, tolerância e estar assente numa aliança comprometida e centrada na criança.
É comum existirem dúvidas e inseguranças para os pais. A mais comum é a dúvida de como se devem posicionar perante a nova relação entre a criança e o psicoterapeuta, principalmente, quando o motivo da consulta resulta de uma situação que é, ainda, se difícil compreensão para os pais e para a própria criança.
A aliança terapeutica estabelecida com os pais é fundamental, quando pautada pela transparência, confiança e, ainda, pelo respeito da relação entre o psicoterapeuta – criança, para que possa ser possível a livre expressão em contexto de espaço terapêutico.
Os pais são a chave fundamental para que o processo de desenvolvimento psíquico e emocional da criança aconteça, uma vez que são as figuras de referência.
É esperado que o processo na psicoterapia com a criança seja sentido da dinâmica familiar, sendo crucial os pais mostrarem-se disponíveis, compreensivos e flexíveis perante essas mudanças.
Gradualmente, vamos atingindo a mudança desejada na criança e na família.