Segundo este estudo, a atitude de super-protecção dos pais pode conduzir a um estado de ansiedade infantil, uma vez que as crianças (principalmente, as meninas) começam a imaginar o mundo como um lugar ameaçador e assustador.
Este tipo de pensamento e esta sensação de perigo poderão levar ao aumento do cortisol, a hormona do stresse. Para lidarem com o stresse sentido, as crianças podem procurar conforto em acções básicas, como comer. Assim, tornam-se mais propensas ao desenvolvimento da obesidade.
Geralmente, os meninos tendem mais a exteriorizar estas emoções, podendo desenvolver um comportamento agressivo. Já as meninas tendem a internalizar as emoções, comendo.
Como a comida é encarada como símbolo de segurança, as meninas podem não conseguir aderir às dietas recomendadas, o que poderá conduzir a sentimentos de frustração e, por tal, ao risco de desenvolvimento de outras perturbações alimentares, como a bulimia.
A solução apresentada pelo estudo passa por uma intervenção psicoterapêutica, na qual as crianças aprendam a lidar com o stresse de forma mais saudável, compreendendo as suas reacções e atitudes e corrigindo a relação de super-protecção parental.
A obesidade é uma perturbação alimentar que apresenta, na maioria dos casos, um sofrimento invisível, para o qual tanto os pais como os educadores devem estar sensibilizados. Não hesite em procurar ajuda especializada nestes casos!
Fonte: Público