O estudo apresentado na convenção anual da Associação Americana de Psicologia, na Florida, conclui que a redução do número de mentiras está intrinsecamente relacionada com a diminuição do número de queixas de saúde física e mental.

Os investigadores realizaram uma experiência com um grupo de pessoas entre os 18 e os 71 anos, solicitando a parte do grupo que deixasse de mentir durante dez semanas. Estes participantes foram aconselhados a deixar de exagerar alguns feitos do dia-a-dia, a deixar de inventar justificações para atrasos e, caso fossem confrontados com questões para as quais não quisessem responder verdadeiramente, deviam não responder e desviar a conversa.

No final de cada semana, os investigadores analisavam a saúde e a satisfação nas relações interpessoais de cada participante.

Em comparação, os autores concluíram que uma pessoa que tivesse reduzido o número de mentiras tinha menos queixas relacionadas com problemáticas psicológicas (por exemplo, sentimentos de melancolia e tensão) e menos queixas referentes a problemas físicos (como dor de cabeça e dor de garganta).

Para além da redução das queixas de saúde, os investigadores observaram também uma melhoria significativa nas relações interpessoais do grupo que deixara de mentir.

Por vezes, a mentira parece ser o caminho mais fácil; porém, esta investigação demonstra as eventuais dificuldades e problemáticas que podem surgir nesse caminho. Valerá a pena?

Fonte: Público

Andreia Cavaca

Andreia Cavaca

Directora Clínica | Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
ver perfil