Segundo a investigação, esta elevada toma de medicamentos do foro psicofarmacológico deve-se ao aumento de estados de ansiedade, do risco de suicídio e de questões relacionadas com o isolamento.
Para além de avaliar o consumo de substâncias psicotrópicas, o estudo analisou também o consumo de substâncias ilícitas, a vulnerabilidade mental e a saúde mental positiva, concluindo que o cenário é pouco animador no que respeita à saúde mental dos estudantes. A SPESM afirma a necessidade de uma ajuda emocional precoce, alertando para o facto de que, em Portugal, as doenças mentais são identificadas tardiamente.
É necessário relembrar que a prevalência de doenças mentais em Portugal é superior à média da União Europeia, principalmente no que concerne ao predomínio de perturbações de ansiedade. A conclusão deste estudo faz-nos pensar que os medicamentos psicotrópicos são procurados como solução primária para a resolução do problema.
Embora os medicamentos ajudem, eles funcionam como “pensos rápidos”; para uma compreensão mais profunda do que se passa, é necessário parar para pensar e, neste caso, iniciar uma psicoterapia pode permitir uma melhoria significativa do bem estar emocional, concomitantemente com a diminuição da toma de medicamentos do âmbito psicofarmacológico.
Se se encontra nesta situação ou se conhece alguém, não hesite em contactar-nos. O Espaço Potencial promove condições especiais para estudantes universitários.
Texto baseado na notícia publicada no Jornal Ionline