A última coisa que precisa é sentir toda esta ansiedade.
No entanto, segundo investigadores, sentir um pouco de ansiedade pode ser útil para que o indivíduo seja capaz de concentrar os seus esforços de modo a poder melhorar a sua performance. Entre a calma total e o ataque de pânico, alguns investigadores defendem existir um ponto intermédio no que toca à ansiedade, que permite ao indivíduo sentir-se motivado para iniciar a actividade mas não demasiado ansioso para comprometer o seu sucesso.
Este estado moderado de ansiedade, permite ao indivíduo manter-se consciente de si aquando a realização da tarefa, permitindo a realização de várias tarefas em simultâneo e ficando alerta para potenciais problemas que possam ocorrer. Esta questão torna-se mais relevante em profissões como os atletas de alta competição, músicos, actores, etc, onde os indivíduos não podem estar totalmente relaxados antes de um evento, sendo necessário uma certa “adrenalina” inicial para que a performance corra bem.
Mas conseguir controlar a ansiedade é uma tarefa muito difícil: como podemos encontrar o ponto certo de ansiedade que nos põe mais activos para a realização das tarefas no nosso dia a dia em detrimento da ansiedade que nos paralisa? Como podemos transformar a ansiedade em algo a nosso favor?
Como terapeutas, percebemos que a maior parte das pessoas que nos procuram sofrem de elevados níveis de ansiedade, ao ponto de se sentirem paralisados, no entanto a total falta de ansiedade, de energia, pode reflectir uma depressão e uma falta de garra para enfrentar os desafios diários e ao longo da vida.
O objectivo torna-se então a procura de uma maior e mais eficaz capacidade de gestão dos sentimentos e das emoções, para que possam contribuir para um maior bem estar, funcionando como aliados em vez de inimigos.
Através da psicoterapia é possível compreender, aceitar e por fim ultrapassar, desenvolvendo competências emocionais que permitam uma gestão menos dolorosa e penalizante dos mais diversos sentimentos e emoções, entre eles a ansiedade.