Apesar de ser fundamental esta identidade própria do casal, é importante que cada elemento se sinta autónomo e que tenha espaço, dentro da nova dinâmica familiar, para manter a sua identidade, operacionalizando-se a fórmula 1+1=3: eu, tu e nós.
Apesar do quotidiano, por vezes, impor um ritmo de vida stressante, torna-se essencial que o casal procure ter tempo de qualidade em conjunto, para que possa viver de forma saudável e prazerosa, a relação de intimidade, reforçando-a.
Ainda mais desafiantes se tornam estas tarefas aquando a chegada de novos elementos à família: as crianças. Neste caso, é importante que o casal consiga conciliar os seus papéis parentais, não perdendo de vista o seu espaço enquanto casal, assim como enquanto elemento individual.
Inevitavelmente, ao longo da vida, surgem obstáculos e dificuldades, a nível pessoal, social, laboral e familiar.
Neste sentido, a relação pode ser vista como uma mais-valia, um porto seguro no qual os parceiros possam sentir-se bem e confortáveis a expressar as suas diferenças, dificuldades e conflitos, reforçando, na adversidade, os seus laços emocionais e afectivos. Assim, é fulcral fundamentar a honestidade entre o casal, para que seja possível construir-se um espaço verdadeiro de apoio e suporte.
Por vezes, a rotina torna as pessoas mais sérias, menos disponíveis à espontaneidade. O convívio com outras pessoas, a alegria de partilhar momentos, os risos e as gargalhadas tornam-se ingredientes fundamentais para esta receita, que é a vida a dois.
Mantenha vivas as primeiras imagens românticas – enquanto enfrenta a realidade de que o tempo passa e há mudanças e existe a possibilidade de instalar-se a rotina e o afastamento, relembre-se de como, porquê e por quem se apaixonou. Procure essas imagens antigas no aqui-e-no-agora e viva mais a sua relação. Fomente pequenos momentos de paixão e de re-descoberta, aproveitando o tempo com quem mais ama. Seja mais genuíno e espontâneo. Dê asas à sua imaginação, reinvente-se e entregue-se à relação.
Fonte: APA